Hoje o dia não estava lá muito bom, duas horas na fila do banco para resolver um problema que eu mesmo criei, um monte de questionamentos incômodos surgindo o tempo inteiro, um feriado bem diferente do que havia planejado. Foi chegando à noite e resolvi ficar em casa ouvindo um som, tomando um vinho. Comecei com ‘On my way’, do Ben Kweller, passei para o ‘After the Gold Rush’, do Neil Young… A essa altura já estava pensando em escrever algo pessimista pra cá, sobre o quanto estou desencantado com as pessoas, inadaptado a esse mundo, descontente comigo mesmo... Começaria com os seguintes versos: “Everybody's going out and having fun / I'm just a fool for staying home and having none…”
Até que, na primeira música do ‘Ok Computer’, e antes da metade da garrafa de vinho, apareceram aqui em casa, meu irmão, minhas primas (Loo e Mah) e Cecel com umas garrafas de cerveja e aquela disposição para falar besteira (Fabinho, que falta você faz nesses momentos... rs) e pronto, o mundo já não parecia um lugar de merda, e, se eu escrevesse algo, Don Gibson seria obrigado a dar lugar ao conselho de Almir Guineto: “Deixe de lado esse baixo astral (...) Pra que se lamentar se em sua vida pode encontrar quem te ame com toda força e ardor...”
E, nessa mudança de clima, passamos por Dylan, Tim Maia, Cartola (cortesia de um CD gravado para mim pela Ingrid, que faz uma falta imensa por aqui, em todos os momentos), Ben Folds, depois Revela, Jorge, desembocando em Beatles, como quase sempre... Sem contar as conversas, desde lembranças de outros encontros importantes e inesquecíveis a imaginações esdrúxulas (“imagina se o Revela entrasse aqui agora tocando, com a Juh e o Fábio atrás dançando” – porra Loo! rsrs) falamos de quase tudo que vocês imaginarem.
Vou dormir com o espírito - e o texto - muito mais leve do que imaginava a princípio. E termino citando Nelson Cavaquinho, um meio termo entre o country e o samba imaginados como referência anteriormente:
Morro cedo, amor.
Meu peito é forte,
E nele tenho acumulado tanta dor.
As rugas fizeram residência no meu rosto
Não choro pra ninguém
Me ver sofrer de desgosto.
Eu que sempre soube
Esconder a minha mágoa.
Nunca ninguém me viu
Com os olhos rasos d'água.
Finjo-me alegre
Pro meu pranto ninguém ver.
Feliz aquele que sabe sofrer.”
Por Ricardo Pereira
Grande Tino! Pô, fiquei feliz em saber que a galera apareceu por aí. Abraços e até amanhã!
ResponderExcluirEh valeu o feriado a reuniãozinha...
ResponderExcluirA Loo animada agita qq um...rsrsrs
Abraçãoo
Caraca, tem Eu no blog!! hahahaha.
ResponderExcluirRi lembrando de segunda e fiquei emocionada com seu texto!
Seus textos são lindos e sensíveis, mexe com a gente de verdade!
Amo vc!
Travesseior disse ficou péssimo!
ResponderExcluirÉ Luisa mesmo.
Que bom que as coisas são espontaneas assim, amigo Latinoso!
ResponderExcluirNão ha nada que goste mais do que esses encontros com o assunto adubado de tanta titica.
Fabinho mestre sala e Ju porta bandeira é demais!
sem contar a Loo descolada e falastrona!
preciso de mais disso, caro mano...
Oi Travesseiro haha Que bom que gostou, Loo! Fico feliz que os textos batam por aí da mesma forma que por aqui!
ResponderExcluirÉ, Cecel, esses momentos que fazem isso tudo valer a pena! E precisamos todos de mais desses encontros malucos rs