"There's a fear I keep so deep / Knew it name since before I could speak (...) If some night I don't come home / Please don't think I've left you alone"- Keep The Car Running, Arcade Fire

domingo, 23 de janeiro de 2011

Scott Pilgrim - A era da Inocência

Scott Pilgrim contra o mundo, Edgar Wright

Não me considero nerd, mas gostei bastante de um filme que é nerd até a medula. Até por falta de conhecimento, não sou familiarizado com os quadrinhos. Mas esta adaptação transpôs o mundo dos quadrinhos para a tela de uma forma interessante. O filme é ágil, cheio de recursos gráficos interagindo com as cenas, como se estivéssemos lendo a revista. Gostei bastante das músicas (a cargo do produtor do Radiohead, Nigel Godrich), do ritmo frenético, do sempre ótimo Michael Cera, das citações a bandas e videogames. E me apaixonei pela Ramona Flowers, em uma atuação de Mary Elizabeth Winstead que me lembrou de certa forma a Clementine, de ‘Brilho Eterno...’, e não só pelo cabelo colorido... Mas procurei me afastar dela, pois é o tipo de mulher que destrói a vida de um homem. Na verdade, é um dos motes do filme, o quanto certas mulheres querem nos fazer estar sempre ‘lutando’, se esforçando, quando, na verdade, elas possuem implantado no cérebro o chip da escrotidão. É uma metáfora interessante, não sei se intencional.



A Era da Inocência, Denys Arcand

Denys Arcand é o diretor dos soberbos ‘O Declínio do Império Americano’ e ‘Invasões Bárbaras’. Ainda que não esteja no nível destes, ‘A era da inocência’ é outro grande filme, mantendo os 100% de aproveitamento dos filmes que assisti de Arcand. Acabei me identificando bastante com o protagonista, Jean-Marc Leblanc (em excelente interpretação de Marc Labrèche). Não trouxe tanto para a idade adulta, mas em minha infância, adolescência, vivia fugindo do mundo real através da imaginação. Me imaginava escritor famoso dando entrevista, líder de banda influente de rock, técnico de futebol, sonhava com mulheres perfeitas (pra mim) e podia passar horas nesses devaneios enquanto o resto do mundo vivia a vida. Jean-Marc é um sujeito frustrado, ignorado pelas filhas, casado com uma mulher workaholic, preso em um trabalho que detesta e que, para ter algum prazer, entrega-se a seu mundo imaginário. O filme dosa bem momentos engraçados, com a costumeira acidez crítica de Denys Arcand. Não vou estragar para quem quiser assistir, mas o final do filme me deixou com uma série de inquietações sobre como devemos encarar a vida.

Por Ricardo Pereira

3 comentários:

  1. 2 filmes q eu ainda não assisti, mas q acabaram de entrar na minha lista de pendentes! O problema é q não tem nenhum deles na blockbuster online... bem, vo dar um jeito! Rs
    Bjãooo Ricardo, saudadessss

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  2. Oi Juh! Saudades também! Scott Pilgrim tá no cinema ainda e o 'era da inocência' eu aluguei! São dois filmes bem diferentes entre si, mas muito bons!

    Beijo!

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  3. Ah, Hugo, nem comentei, no 'A era da inocência' tem duas participações do Rufus Wainwright bem engraçadas rs

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