Você vai conhecer o homem de seus sonhos, Woody Allen
Já falei por aqui, Allen é meu cineasta preferido. Mas este é um filme menor em sua carreira, interrompendo uma sequência de filmes excelentes/muito bons. Mas, como qualquer filme seu, sempre vale a pena. Aparecem os temas recorrentes, dilemas em relacionamentos, (in)fidelidade, falta de sentido da vida, aqui misturados novamente com o apego a métodos suspeitos de amenizar o sofrimento (acreditar em previsões, vidência) e relação entre um homem com uma mulher muito mais nova. Apesar de um ou outro bom momento, falta alguma coisa, fiquei com a impressão de um filme preguiçoso, desperdiçando bom elenco.
Além da Vida, Clint Eastwood
Tem como fugir do clichê de que Clint, depois de exemplo de personalidade macha, do fodão, envelheceu e ficou sensível? Claro que não. Mais do que isso, dos meus diretores preferidos é provavelmente o que está em melhor forma, emendando bons filmes, um atrás do outro. Nesse caso, fui preparado para um melodrama piegas sobre espiritualismo e fui surpreendido (não deveria) por um filme muito bonito, que às vezes resvala de leve na pieguice, mas não compromete. Há três focos narrativos, todos interessantes, mais uma atuação muito boa de Matt Damon e uma sequência-tragédia de arrepiar no começo do filme, muito bem feita. E Eastwood vem se especializando em retratar a solidão do homem moderno como poucos.
Por Ricardo Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário