"There's a fear I keep so deep / Knew it name since before I could speak (...) If some night I don't come home / Please don't think I've left you alone"- Keep The Car Running, Arcade Fire

domingo, 2 de janeiro de 2011

Melhores discos da década - Internacionais

Mais listas. Agora mais difíceis de fazer, os melhores da década. Só esclarecendo que considero 2001-2010, só por isso Kid A, que é de 2000, não encabeça esta lista. De resto, vocês sabem, o critério é estritamente pessoal. Por isso, se notarem ‘injustiças’, mandem sua lista nos comentários!


01 Yankee Hotel Foxtrot (2002) – Wilco

O disco através do qual eu conheci – e me apaixonei – pelo Wilco. “Como esse cara consegue escrever o que eu sinto dessa forma?”, perguntaria o Ricardo adolescente. Ouço até hoje como se fosse a primeira vez. Ouça o disco, assista ao filme.

02 In Rainbows (2009) – Radiohead

É como se a banda resolvesse equilibrar num disco de inéditas o que de melhor haviam produzido. Emocionante, intenso, fundamental.

03 American Records IV: The Man Comes Around (2003) – Johnny Cash

Último disco lançado em vida por Cash. Interpretações dilacerantes de canções como ‘Desperado’, ‘In My Life’, ‘First time I ever saw your face’... Praticamente um balanço da vida, como o belíssimo clipe de Hurt confirma.

04 Sky Blue Sky (2007) – Wilco

Foi criticado por alguns fãs pela simplicidade, por ser “pop demais”, justamente uma de suas grandes qualidades. Talvez o que eu tenha mais ouvido da lista. Tweedy consegue soar Neil Young, Lennon, McCartney e escreve algumas das melhores letras de sua carreira.

05 Boxer (2007) - The National

O National é o sonho de qualquer admirador de bandas de rock soturno. É possível encontrar algo de Tindersticks, Joy Division ou Nick Cave neste conjunto de canções mais coeso do que o intenso e asfixiante Alligator, álbum anterior de 2005.

06 Out of Season (2003) – Beth Gibbons & Rustin Man

Imagine o Portishead sem a eletrônica? Tá aqui. Canções simples, líricas e a voz - que voz! - dessa mulher...

07 Outro Sentido (2007) – António Zambujo

Fado tradicional, moderno, MPB, cool jazz, tudo junto em canções sensíveis e emocionantes no terceiro álbum deste excelente cantor português.

08 You are the Quarry (2004) – Morrissey

O retorno triunfal de um ídolo! São tantas músicas boas que parece coletânea. Como Morrissey afirmou na época, “Alguém tinha de ser eu, então melhor que fosse eu mesmo.”

09 Songs for the Deaf (2002) – Queens of the Stone Age

Isso já foi discutido aqui, a gente envelhece e vai, de certa forma, se distanciando do rock, ou ao menos das vertentes mais ‘pesadas’. Mas aqui está um disco que foge às regras, consigo me imaginar com qualquer idade admirado com os riffs, refrãos e potência dessas canções.

10 O (2003) – Damien Rice

Dez pérolas. Violões, pianos, interpretações intensas, letras ora amarguradas, ora reflexivas. Para figurar de trilha sonora do filme de sua vida.

11 The Greatest (2006) – Cat Power

Cat Power resolve se livrar da ‘tosqueira’, junta-se a uma banda “de verdade” e lança um discaço misturando soul, blues, country em músicas intimistas e marcantes.

12 Reveal (2001) – R.E.M.

Depois que Bill Berry abandonou a banda para viver no feno, o R.E.M. entrou numa fase introspectiva com o belíssimo Up, de 98. Reveal é a janela aberta para o sol novamente, mas em um dia nublado, afinal estamos falando de Michael Stipe.

13 Room on fire (2003) – The Strokes

Ok, a maioria prefere o primeiro. Também adoro, mas aqui eles equilibram melhor o que antes haviam esboçado. Gosto das letras, da simplicidade das músicas. Bom pra ouvir, quando desanimado, antes de sair de casa.

14 Green Album (2001) – Weezer

 Pouco mais de meia hora de música. Por isso, ouvia no repeat constantemente na época do lançamento. “Beatles com guitarras distorcidas?” – olha o Ricardo adolescente falando besteira de novo... Mas te entendo, moleque.

15 On My Way (2004) – Ben Kweller

Dificuldade de crescer, adequar-se ao mundo, amores mal resolvidos, tudo aqui embalado a um rock cru, meio anos 70. Poderia ser o primeiro - mais indie -, o terceiro - mais pop -, ou o último, mais country. Mas esse me marcou mais, por isso, o escolhido.

16 The Age of the Understatement (2008) – The Last Shadow Puppets

Muito melhor do que qualquer coisa do Arctic Monkeys. Mais pop, mais bonito e - o mais importante - mais ambicioso. Um grande disco.

17 The Eraser (2006) – Thom Yorke

Se você só gosta do Radiohead até o Ok Computer, nem adianta... Aqui, o cantor se distanciou da banda, justamente para investir mais em seus experimentos eletrônicos. Em nove canções acima da média, Yorke prova (precisava?) que é o grande gênio da sua geração.

18 White Blood Cells (2001) – The White Stripes

Podem reclamar da falta que um baixo faz, do quanto a baterista é ruim ou que a banda é um arremedo de influências setentistas. É só ouvir esse disco que nem ligo para os críticos. Um dos guitarristas recentes de que mais gosto.

19 Have One On Me (2010) – Joanna Newsom

Enlouqueceu, Ricardo? Há uma semana este disco foi o terceiro melhor do ano passado e agora é o único de 2010 nos melhores da década? O que posso fazer? O disco não para de crescer. Às vezes tenho a impressão de nunca ter ouvido nada tão bonito.

20 Back to Black (2006) – Amy Winehouse

É muito mais fácil falar das polêmicas, do espetáculo midiático de auto-destruição da cantora. Mas não se pode esquecer o quão bom é esse disco, recheado do que já podemos chamar de novos clássicos da soul music.

"When I forget how to talk I sing", Wilco


Por Ricardo Pereira

2 comentários:

  1. Rapadura!!!
    Dificil montar uma lista dos melhores da década...
    mas concordo com a maioria aí.
    Abraço

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  2. haha 'Rapadura' é demais, não me conformo de não pegar rsrs

    difícil demais de fazer mesmo... a nacional foi mais complicada e já tô me fudendo pra fazer a de filme, posto amanhã.

    Abraço

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