Sou fanático por música. Você que acompanha o blog já deve saber, é claro. E para pessoas como eu, o paraíso tem nome. Na verdade, nomes: Coachella, Reading Festival, T in the park, Glastonbury, Lollapalooza e FIB, entre outros. Os famosos festivais de verão da Europa e dos Estados Unidos atraem aficcionados do mundo inteiro que, ávidos por novidades e nomes já consagrados do cenário musical mundial, aceitam passar por inúmeros perrengues, roubadas e similares. Tudo pela música, camarada. O resto é resto.
Acampei na cidade de Benicàssim, na Espanha - 3 horas de Barcelona -, durante 5 dias, em 2010 - 14, 15, 16, 17 e 18 de julho. O Festival Internacional de Benicàssim, FIB, naquele ano, era encabeçado por nomes como Kasabian, Vampire Weekend, The Prodigy e Gorillaz, além de outras dezenas de bandas e artistas interessantes - Ray Davies, Hot Chip, The Specials, Pil, Echo & The Bunnymen, Julian Casablancas, Brendan Benson, Foals, Ash, The Cribs, Two Door Cinema Club, Klaxons, Charlotte Gainsbourg e mais umas sessenta atrações.
Minha ideia inicial era dar um pulo nos States, para montar acampamento em pleno deserto e curtir o também mundialmente famoso Coachella. Chamei um grande amigo da faculdade, Roberto Lestinge, para me acompanhar nessa eletrizante empreitada. Inicialmente ele topou. Falou que estava mesmo com vontade de viajar e, como ele conhecia Los Angeles de forma profunda - havia trabalhado lá por muito tempo -, seria legal dar um pulo no evento e curtir o show de várias bandas. Mas aí, não rolou. Roberto me ligou e disse que tinha duas notícias para me dar. Uma ruim, e a outra, boa. "Olha, não vou poder ir ao festival porque acabei de ganhar uma bolsa de estudos em Barcelona. Mesmo assim, tenho uma notícia boa: que tal você aparecer por lá e assistir a algum festival de verão na Europa? O convite está feito".
Mal sabia o "Mané Pereira" na merda em que ele estava se metendo. Convite aceito.
Estávamos em fevereiro, e até julho, foquei minha vida naquela viagem. Tirei o passaporte, fiz as contas - grana sempre contada -, acertei as minhas férias para o período da viagem e comprei os ingressos para o FIB. A felicidade de pegar o comprovante dos tickets nas mãos era imensa; a insegurança de fazer a primeira viagem para a Europa também - iria sozinho.
Eis que chega o grande dia. Depois de uma cacetada de horas dentro de um avião - do Rio de Janeiro a Madri, mais de 10 horas -, chego ao aeroporto e me preparo para a imigração espanhola, conhecida como uma das mais rigorosas do mundo. Molezinha. "Estou aqui de férias. Vou ficar 12 dias. Sim, tenho lugar para ficar". E aí, o carimbo da felicidade! Agora era só pegar um voo rápido de Madri a Barcelona, encontrar com o meu amigo e curtir a cidade, antes de seguir para o evento musical. Foram os 50 minutos mais tensos da minha vida. Turbulência do começo ao fim. Minha mãe havia me dado uma folhinha com uma oração, para os momentos dificeis. Eu deixei ela no bolso, e caso sentisse a necessidade, daria uma lida. Com cinco minutos de decolagem eu tirei o papel da calça e comecei a ler, sendo que, ao meu lado, no mesmo momento, uma mulher sacou a bíblia e começou a orar. "Vou morrer antes de ver o guitarrista dos Smiths ao vivo!", pensei. Sacanagem, pensei nada. Só queria chegar inteiro. E consegui. Thanks, god!
Depois, só alegria. Apesar de estar muito cansado da viagem, fui observando a cidade durante o trajeto de ônibus do aeroporto de Barcelona para a Plaça de Catalunya, onde Roberto estaria me esperando. Metrópole linda. Limpa, organizada, sistema de transporte impecável e uma multidão de gente bonita como eu nunca vi na minha vida. Ao chegar ao local marcado, encontrei meu amigo, que já disparou. "Cara, que barriga é essa?". Gargalhadas. Saimos de lá e seguimos direto para o apartamento dele, a uns 15 minutos de onde estávamos. Apartamento simpático, sofá confortável e cervejas na geladeira. Sorriso no rosto... Além de suor, muito suor. Um calor infernal na cidade, tão intenso quanto o verão do Brasil. Nada é perfeito, certo? Estava valendo. Valeu.
Depois de ficar uns cinco dias em Barcelona - assunto para outra postagem -, viajei para Benicàssim. Estranho estar num ônibus com gente que você nunca viu na vida e que não fala a sua língua, passando por lugares igualmente desconhecidos. Estranho, mas agradável. Ao chegar no local do festival, uma surpresa desagradável: um termômetro marcava 40º graus. Eu, cheio de bagagem - barraca, colchonete, roupas, máquina fotográfica, documentos etc -, só sentia vontade de chorar. De emoção? Nada: de calor. Achar o local do acampamento, arrumar um espaço para a barraca e retirar a pulseira que daria acesso ao festival foi fácil. Difícil foi descobrir que eu não conseguia me esticar dentro da minha barraca, e que a temperatura, dentro da "cabaninha", devia estar beirando uns 60º graus. Que vontade de ter reservado um quarto de hotel barato... Quem sabe na próxima vez?
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Até as estátuas são modernas em Benicàssim... Elas usam piercings! |
Pois bem: depois de montar minha barraca, ajudei um grupo de ingleses a montar a deles - emprestei um martelo que havia comprado. O cara me agradeceu muito e, por fim, me ofereceu um baseado gigante como sinal de gratidão - aliás, acho que essa era a moeda de troca no local. Recusei no estilo Rita Lee. "Diga não às drogas, mas seja educado. Diga 'não, obrigado'". Acho que deveria ter aceitado e fumado de uma vez só, para tentar me livrar daquela sensação de calor horrível. O festival começaria no outro dia, e então, tirei o resto do tempo para descansar... Ou ao menos tentar, já que o clima no espaço dos campings era de festa interminável: gente urrando de alegria, gritando por causa do efeito de drogas e birita, enfim, era um festival de música, né? Se eu quisesse paz e tranquilidade, era melhor ir à missa, ou algo do tipo. Agora aguenta, coração...
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O inferno é azul! |
1º dia do festival
Dormi mal pra caralho. O calor, o barulho, o tamanho da barraca... Enfim, uma merda. Mas tudo ia melhorar, pois naquela noite, o som ia rolar. Fui dar uma volta pela cidade. Benicàssim parece um pouco com a Barra da Tijuca... Ah, parece nada, é bem melhor. Trânsito tranquilo, ambiente acolhedor, vários bares e restaurantes e o melhor: descobri um supermercado que tinha um banheiro limpinho, individual. Era ali que eu... Bom, acho que você já sabe, né? Corta para as praias. Mais de 20, acredito, uma pertinho da outra. Tomei umas cervejas, fiquei doidão sozinho e fui para o mar, curtir uma solidão até gostosa. Achei que as pessoas estariam completamente peladas, já que, ao visitar uma praia em Barcelona, 50% dos presentes estavam completamente nus. Nada: vi umas duas meninas fazendo top less, mas ficou nisso - não que eu tenha ido à praia para ver garotas nuas, mas por causa da nudez em Barcelona, achei que, no mínimo, iria encontrar casais trepando na areia, em Benicàssim. Ambiente familiar, isso sim. Voltei, tomei um banho, esperei dar o horário do festival e fui para o local dos shows. Emoção pra cacete ao entrar. Quatro palcos, dezenas de barracas vendendo tudo o que você pode imaginar - Cd's, comida do mundo inteiro, roupas, bebidas, etc - e um sentimento de estar no lugar certo e na hora certa. Consegui. O primeiro show que assisti - e gostei - foi de um trio chamado Puggy. Às vezes soando meio Franz Ferdinand, às vezes Keane, os caras fizeram uma apresentação bem divertida, e deixaram as meninas suspirando - todos pareciam modelos profissionais. A partir daquele momento, descobri que festival é correria - expressão usada pelo meu amigo André Banha. Você tem se deslocar a todo o tempo para ver os shows de sua preferência e, às vezes, não pode assistir as apresentações por completo, pois outra banda que você quer ver está tocando em outro palco. É triste, por exemplo, sair no meio do show do Vampire Weekend - foda demais - porque o Peter Hook, ex-Joy Divison/New Order, está tocando no mesmo horário, num palco menor. Depois do Puggy assisti a um dos shows que mais queria ver, o do americano Brendan Benson. Mais conhecido como o parceiro de Jack White na banda Rancouters, Brendan lançou um dos discos mais legais de 2009, "My old, familiar friend" - pode baixar sem medo! -, e minhas expectativas eram as melhores possíveis. Não rolou. O show foi ruim, tenho que admitir. O cara foi apresentar suas canções num formato super reduzido, com três músicos no palco - contando com ele. Toda a sutileza das guitarras, cordas, backing vocals e teclados foi por água abaixo. O tecladista, que por sua vez também fazia as linhas de baixo num órgão, parecia perdido, olhando direto para Brendan, como se estivesse de olho nas notas que ele fazia em sua guitarra. A baterista do conjunto era até competente, mas aquele trio não ajudou. Mas tudo bem. Ainda assisti a shows razoáveis das bandas The Paris Riots e Southern Arts Society, além da apresentação divertidíssima de Jack L e seu vozeirão, mas a performance da noite foi mesmo a do ex-vocalista do Kinks, a lenda viva Ray Davies. Num mundo perfeito, a ex-banda de Davies teria o mesmo reconhecimento dos Beatles ou dos Rolling Stones, mas mesmo assim, o vocalista e guitarrista não parece guardar rancor. Escorado por uma banda afinadíssima, fez todos dançarem ao som de coisas como "You really got me", "Lola" e "Sunny afternoon", verdadeiros clássicos do rock inglês dos anos 60. Foi foda. Depois do show ia rolar a performance do Kasabian, hype inglês do momento, mas quem disse que eu aguentava ficar em pé? Ainda consegui pegar duas músicas, mas depois, coloquei a viola no saco e segui para o meu inferno particular - leia-se barraca pequena e calorenta. Até amanhã, malucões. Tô velho demais para a doideira alheia...
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Puggy: banda divertida e competente |
2º dia do festival
Acordei, como sempre, morrendo de calor. Comi um lanche que era vendido no próprio acampamento, tomei um banho e fui explorar Benicàssim. Conheci uns brasileiros que trabalhavam lá, e todos reclamaram muito da forma como eram tratados naquele país. "Isso não é vida", disse um rapaz do sul, que trabalhava como garçom. Uma outra menina, da Bahia, foi super atenciosa comigo, quando eu falei que era do Brasil. Comi um espaguete delicioso no local, e bebi algumas cervejas, é claro. Depois, praia, sol e água fresca - ok, nem tão fresca assim. Fiquei fazendo hora, esperando o festival começar. Às 18h, já estava na entrada do evento. E começou bem aquele dia. A espanhola - que canta em inglês - Alondra Bentley encantou a todos como a sua beleza, charme e musicalidade elegante. Teclado, violão, bandolin, baixo acústico, percussão e uma voz muito doce deixaram todos em estado de graça, até mesmo aqueles que não conheciam o trabalho da moça. Prometi que, quando retornasse a Barcelona, compraria o CD dela, e foi isso que fiz. Também assisti a algumas canções de Sr. Chinarro - legal - e Triángulo de Amor Bizarro - bem ruim -, mas o bicho pegou mesmo no palco principal. Que sequência de shows. Primeiro, o vocalista do Strokes, Julian Casablancas, organizou o "pula-pula roqueiro". Fosse quando tocava algo de seu primeiro disco solo ou quando fazia algum cover de sua banda - aliás, os momentos mais agitados -, ninguém deixava por menos, e as canções eram recebidas com urros de alegria. Julian, apesar de não falar muito, foi simpático. "Estou muito feliz por estar aqui... E daqui a pouco tem o show do Hot Chip!", disse ele, em certo momento. A apresentação esperada por Julian finalmente começou... E não decepcionou. Apesar do show curto, o grupo que mescla música eletrônica, rock indie e pop manteve o clima de diversão lá em cima. Também, o que falar de um show que oferece "Over and over", " (And I was a) boy from school", "One life stand" e, no grand finale, "Ready for the floor"? Falar nada... Apenas dançar! Já estava esgotadaço ao final da apresentação, mas aguentei firme até o último show da noite - no palco principal. O Vampire Weekend era o hype do momento. Segundo disco elogiadíssimo, clipes espertos e músicas que combinavam com o clima de verão do festival. Entrada triunfal: em vez de subirem ao palco num clima blasé, colocaram "Fight for your right (to party)", dos Beastie Boys, como música de fundo. Jogo ganho. Começaram com a música perfeita para a ocasião, "Holiday", do segundo disco, "Contra". E depois, com o público na mão, foram enfileirando hits indies com aquele toquinho "africano" que eles bem sabem como fazer. Resolvi sair na metade para pegar o senhor Peter Hook, ex-baixista do Joy Division/New order, tocando o primeiro disco da "Divisão da alegria" na íntegra. Foi até legal assistir algumas canções, mas como o cansaço já estava me vencendo, peguei o rumo de casa, quer dizer, da barraca, e resolvi tentar dormir. Isso mesmo, tentar. Dentro da barraca, de banho tomado, senti que, apesar de todas as dificuldades, era um privilegiado. Afinal, não é qualquer um que coloca a cabeça no travesseiro ouvindo ao fundo "Transmission", do Joy Division. Que venha o terceiro dia!
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Alondra Bentley: o céu também é azul |
3º dia do festival
Sabadão: dia de ver velhos heróis ao vivo. Ian Brown - ex-vocalista do Stone Roses -, Jonnhy Lydon - ex-vocalista do Sex Pistols, defendendo sua outra clássica banda, PIL - e, ao menos para mim, acima de todos eles, o meu guitarrista preferido, Johnny Marr, o ex-parceiro de Morrissey no The Smiths - tocando agora no The Cribs. Tenso. O sol, como sempre, não dava trégua. O que me restava fazer? Praia e cerveja, o mais rápido possível. Sim, claro: ficar naquela barraca nojenta é que não dava. Então, vamos lá. À tarde, querendo descansar, resolvi imitar os doidões do festival e me joguei numa sombra, numa calçada de frente para um banco. Sozinho? Que nada: mais de 40 pessoas - homens e mulheres - me acompanhavam no "mendigo way of life", e os moradores de Benicàssim encaravam aquilo com a maior naturalidade. Avós brincavam com seus netinhos, amigos conversavam calmamente e, num canto, um monte de jovens jogados, querendo recarregar as energias para os shows da noite. Não ajudou muito, mas deu para colocar um sorriso no rosto... No rosto queimado de sol. À noite, rock and roll! Foi justamente o show do The Cribs que eu conferi por completo, logo de cara. Agitado, gritado e emocionante, como todo show de rock tem que ser. Fiquei bem perto de Johnny, e foi de chorar. Rockstar da cabeça aos pés, e isso é um elogio. Entraram ao som da música tema de uma série que eu adoro, "Twin Peaks" - quem matou Laura Palmer? -, e saíram com o som de palmas, muitas palmas. Vi um pouco do show do PIL - regular -, uma música do The Sunday Drivers - era o último show da banda que, infelizmente, só fui conhecer depois -, e curti uma banda de lá, o Gentle Music Men, meio Belle & Sebastian. Dois shows assistidos por inteiro: Ash e Ian Brown. O primeiro foi agitadão, bem indie/punk pop. "Girl from Mars" e "Shining light" mataram a pau; o segundo foi bem vagabundinho, mas era o Ian Brown, né? Todo mundo queria mesmo era ouvir coisas do antigo grupo do cara, Stone Roses, e ele só fez a vontade da galera no começo, com "I wanna be adore", e no final, com "Fool's gold". Mesmo assim, valeu. Depois, assisti ao Prodigy tocando umas três músicas e... Caminho de casa! Já falei pra você que eu sou velho, ranzinza e que estava morrendo de calor? Vai vendo...
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Ricos e famosos repetem a mesma camisa... É cool! |
4º dia do festival
It's the end of the festival as I know it... And I feel fine! Pois é: se eu falar pra você que fiquei triste com o final do evento, estaria mentindo. Estava feliz pra caramba. Depois de alguns dias dormindo mal, comendo mal e bebendo bem... Meu dinheiro chegou ao fim... Dali pra frente, iria, também, beber mal? É aí que a mão de Deus entra na história. Os primeiros shows que assisti, por inteiro, no último dia do evento, foram ótimos: I Blame Coco, banda da filha do Sting, é bem divertida de se ver ao vivo; Two Door Cinema Club, que vai tocar por esses dias, no Rio, é indie rock para continuar levando fé no estilo - imperdível - e o Efterklang, grupo de um país gelado desses, foi de chorar. Formação diferente, músicas que crescem demais ao vivo e uma simpatia entre público e banda que levou vários às lágrimas. Confesso: chorei discretamente, lembrando de todos que eu havia deixado no Brasil. Mas voltei a sorrir rapidamente, pois o show do Foals veio com uma surpresa muito agradável. Lembra que eu falei que estava sem grana, e que a "mão de Deus" apareceu no festival? Foi assim: a performance do Foals rolando - legal e só... Esperava mais -, e eu, daquele jeito, sem grana para beber. Aí, um cara chega do meu lado e pergunta que banda estava tocando. expliquei para ele que era um conjunto inglês, meio indie rock. Ele falou mais algumas coisas - em espanhol -, olhou para o lado, e se despediu... Deixando 3 tickets de cerveja para mim! Deus existe... E gosta de Heineken! Mas isso eu já sabia. Depois do Foals, um showzaço de rock com R maiúsculo: Echo & The Bunnymen. Achei que a apresentação da banda seria mais calminha, cheia de sutilezas... Nada! Foi rock and roll porrada, pra pogar mesmo. Ver "The Killing Moon" ao vivo foi das coisas mais legais do evento. No palco principal, o único show que vi foi o Gorillaz... Ainda assim, pela metade - o famoso cansaço/calor, e agora, acompanhado de assaduras gigantes. Foi justamente na hora do show do grupo liderado pelo ex-vocalista do Blur que eu encontrei com alguns brasileiros que estavam por lá. Ficou muito mais divertido assistir ao show - cheio de efeitos especiais e com a participação de Paul Simonon e Mick Jones, da lenda punk The Clash -, mas não aguentava mais, estava esgotado. "Galera, desculpe aê, mas vou partir". Tchau, Benicàssim! Até algum dia... Mas num hotelzinho com banho e cama confortável!
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Two Door Cinema Club: indie rock ruleando |
É o fim, é o fim
Segunda-feira de manhã e lá estava eu, voltando do festival, em direção a Barcelona. Ainda ficaria mais dois dias na cidade, mas o estrago, no bom sentido, estava feito. Ao chegar no Brasil, depois de mais uma cacetada de horas de viagem, ainda tive, acho eu, uma espécie de insolação tardia, com febrão e dor pelo corpo... Mas valeu. Minha história com o meu primeiro festival de verão europeu é esta. Foi assim.
Por Hugo Oliveira
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Quando tudo acaba em "tapas" e cerveja... Temos um final feliz! |