Por enquanto, vamos de leitura. Err, mais ou menos. Escrevo sobre os livros que estou lendo e os que pretendo ler, em pouco tempo.
O volume "Bowie - a biografia", de Marc Spitz, já está nas últimas páginas. Conta a história do cantor inglês David Bowie que, apesar de ter lançado suas primeiras músicas no final dos anos 60, foi no começo da década seguinte que alcançou sucesso mundial com o disco "The rise and fall of Ziggy Stardust and The Spiders from Mars", onde popularizou de vez o som "glam", rock bicha, cheio de glitter e sexualidade ambígua. O volume é muito detalhista quanto ao início da carreira de Bowie, seu vício em substâncias ilícitas e seus últimos discos lançados. Mesmo assim, peca por não dar mais ênfase justamente à época especial do artista, quando lançou discos como "Aladdin Sane", "Diamond dogs", "Young americans", "Station to station" e os álbuns que compõe a trilogia composta em Berlin - "Low", "Heroes" e "Lodger". Quem é fã vai gostar... Mas não encontrará grandes novidades no livro.
Outro volume que estou terminando - em tempo recorde! - é "Paulo Leminski - O bandido que sabia latim", do jornalista Toninho Vaz. Trata-se da biografia do poeta, escritor, compositor, judôca, boêmio e agitador cultural Paulo Leminski, falecido em 1989. Curitibano, Leminski viveu intensamente sua curta estadia neste planeta. Amou, sonhou, influenciou, cantou, fumou, escreveu e bebeu, sem moderação. Morreu aos 44 anos, por complicações ligadas ao excesso de bebida. Foi considerado por boa parte da crítica especializada como um dos grandes - novos - nomes da literatura/poesia brasileira. Não quero estragar a surpresa, até porque, pretendo escrever uma postagem específica sobre a obra. Mesmo assim é impossível deixar de citar passagens como a visita de Gal e Caetano ao poeta, em Curitiba; o processo de composição de "Catatau", livro que Leminski demorou oito anos para escrever; o relacionamento com Alice, segunda mulher, conturbado e apaixonado; as noitadas, as drogas, as conversas apaixonadas sobre a arte; as perdas familiares.
"O bandido que sabia latim" é apaixonante e apaixonado, assim como era o "cachorro louco", um ser humano errático, genial, ingênuo e, acima de tudo, indispensável. Afinal de contas, não é qualquer um que tem a manha de escrever um verso como o que segue logo abaixo.
Lápide 1
Aqui jaz um grande poeta.
Nada deixou escrito.
Este silêncio, acredito
são suas obras completas.
Agora é a vez dos próximos da lista: o primeiro escolhido é "Crash! - uma breve história da economia - da Grécia antiga ao século XXI", de Alexandre Versignassi. Sou uma besta em relação à economia. Acho lindão quem entende do assunto. Logo, quando soube que o livro de Alexandre tem uma linguagem acessível e também usa do bom humor para apresentar histórias e informações interessantes quanto ao assunto, não pensei duas vezes. Vamos ver no que vai dar.
O segundo será "Os últimos soldados da Guerra Fria", de Fernando Morais. Já conhecia o trabalho de Fernando através do volume "Olga" - muito bom, por sinal. Também ouvi elogios rasgados em relação à biografia que o escritor produziu sobre Assis Chateaubriand - Tio Antônio, pai do Ricardo, não me deixa mentir. Logo, quando soube do tema, um volume dedicado a história dos agentes secretos cubanos que se infiltraram em organizações de extrema-direita dos USA, considerei seriamente a hipótese de comprar o volume. Não o fiz porque acabei ganhando o livro de presente. Felicidade total... E expectativa relacionada ao volume.
Simbora na onda da leitura!
Por Hugo Oliveira
Adorei as aquisições. Agora, aproveita p/ ler o Chatô e me empresta estes. Rssss...
ResponderExcluirAê, Tio... A bio do Leminski é sensacional! Ah, e o livro sobre economia é muito, muito foda. Li hoje o primeiro capítulo e achei genial, altamente viciante!
ResponderExcluirAbraços!
Você me deixou com vontade de conhecer o Leminski hein, eu só o conheço por nome mesmo (infeliz ignorância).
ResponderExcluirEu adoro o Fernando Morais. O primeiro livro que li foi Olga (como a maioria das pessoas, rsrs) e depois foi Corações Sujos. Ambos são muito bons (mas o que eu realmente gosto é o prefácio do livro Olga, onde ele conta como fez toda a pesquisa). E o único que eu tenho mesmo é um sobre a WWF, aquela agência de propagandas, mas por enquanto sem previsão de lê-lo.