O R.E.M., grupo de rock americano criado no início dos anos 80, anunciou o fim do conjunto ontem, 21 de setembro, através de um comunicado no site oficial – remhq.com.
Foram mais de três décadas de ótimos serviços prestados à música. Um EP, quinze álbuns de carreira e algumas coletâneas e discos ao vivo – além de participações em trilhas sonoras e compilações diversas.
Foi a banda internacional que eu mais assisti ao vivo – três apresentações. A primeira delas, no Rock in Rio 3, em 2001, permanece imbatível no quesito “excitação”. Era a turnê da coletânea “In Time: The Best Of R.E.M. 1988-2003” . Só clássicos. Abertura do show: “Finest Worksong”. Final: “It’s the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)”. No meio do concerto: “Fall On Me”, “The One I Love”, “Find the River”, “Losing My Religion”, “Man On the Moon” e “Everybody Hurts”, entre outras.
A segunda foi
A terceira vez – e agora, tenho certeza, a última – que me deparei com a banda rolou uma semana depois do concerto em Buenos Aires. Foi na HSBC Arena, na Barra, Rio de Janeiro. O som não estava dos melhores, assim como o repertório. Mas foi a apresentação mais especial. Pessoas que eu amo estavam lá, assistindo ao show, do meu lado. Daqueles momentos de agradecer a Deus por estar vivo. Obrigado, pessoas.
Acabou. Ricardo, meu amigão e companheiro de blog, foi certeiro ao escrever em sua última postagem que “(...) não há luto, tristeza propriamente dita”, sobre o final da banda. Fica uma saudade danada e um orgulho indisfarçável, isso sim. Principalmente por saber que valeu a pena dedicar tempo e dinheiro ao conjunto.
Que trajetória honrosa. Irretocável. Um grupo que recebeu palmas da crítica e do público, do mainstream e do underground. Não acredito que haverá outro conjunto como o R.E.M..
Li em algum lugar, provavelmente na revista “Bizz”, que as bandas de rock foram feitas para acabar, têm prazo de validade. Passou do tempo, pronto: vira caricatura.
O R.E.M., que começou como um quarteto “college rock”, em Athens – contava com o baterista Bill Berry –, e terminou como um trio rock/pop mundialmente famoso, soube nascer, crescer e envelhecer com dignidade. E isso é mais difícil do que lançar uma obra-prima – eles lançaram –, unir popularidade e respeito – eles uniram – e manter um grupo junto por mais de três décadas – eles mantiveram.
Descanse em paz, R.E.M.. Missão cumprida.
... O R.E.M., grupo de rock americano criado no início dos anos 80, anunciou o fim do conjunto ontem, 21 de setembro, através de um comunicado no site oficial – remhq.com.
Para sempre |
Por Hugo Oliveira
É, mesmo tendo encerrado as atividades, encerraram com classe, e foi até inesperado, pelo menos por mim.
ResponderExcluirOliveira,
ResponderExcluirRepasso a homenagem que o PJ fez ao REM no show de Calgary, Canadá.
http://www.youtube.com/watch?v=CPr-UXHuGvI&feature=player_embedded
As músicas do REM são obras-primas e irão sempre nos emocionar.
Abração, pedrenrique
Oliveira,
Repasso a homenagem que o PJ fez ao REM no show de Calgary, Canadá.
Pois é, Mayra. Inesperado para todos.
ResponderExcluirPedrão: adorei a sacação do comentário - discoverer/blue - e o próprio comentário.
Você é um cara muito importante pra gente - Hugo e Ricardo. Não tenha dúvidas. Abraços!
Uma honra encontrar algo seu por aqui.