E finalmente me apaixonei de novo... “Finalmente arrumou uma mulher e vai parar de derramar melancolia em nós?” – posso imaginar os leitores pensando. Não, ainda não, longe disso. Minha paixão repentina é por uma alemã de 21 anos, Sabine Lisicki.
A conheci há quase duas semanas, uma manhã de quinta, feriado. Esperava o jogo do Federer em Wimbledon, estava passando o jogo da alemã contra a chinesa Na Li, atual campeã de Roland Garros. Fiquei lendo o jornal enquanto esperava e de vez em quando dava uma olhada no jogo, fiquei sabendo que Lisicki fora convidada para o torneio, havia saído de uma contusão há pouco tempo. E, à medida que o tempo passava, dava mais atenção ao jogo do que ao jornal, até largar as notícias completamente. Sem me dar conta, fui me envolvendo com a entrega, a garra e a disposição da alemã, que acabou por vencer o jogo e, muito emocionada, chegou a chorar após a vitória.
E foi nesse momento que tive a certeza de estar apaixonado. Sabe aqueles momentos em que você lembra sempre e tem a convicção de que foi justamente ali que sua vida estava arruinada? Então, o meu foi nesse momento em que Lisicki não contia o choro de emoção por sua vitória.
Acabei tendo a oportunidade de, por acaso, estar em casa no horário de outros jogos dela e acompanhar, por exemplo, o jogaço de quartas de final contra a francesa Bartoli, em que a alemã tinha a chance de fechar o jogo, sacando em 5-4 e desperdiçou levando o jogo para o tie-break, quando finalmente venceu. Nesse jogo torcia e vibrava a cada ponto, e me encantava com o lindo sorriso de Lisicki ao acertar bolas difíceis.
E para quem acha que passei a torcer por causa dos atributos físicos da tenista, a maior prova em contrário foi a semifinal, o jogo em que torci como se ela carregasse a estrela solitária em seu peito, contra a musa Sharapova. Infelizmente, desse jogo, Lisicki não passou... Mas se não conquistou Wimbledon, ganhou meu coração. Ok, nem tanto, mas minha torcida e admiração sim, é verdade.
Aber du lächelst wie die Und ich habe Zeit und Ort verloren Ich bin damit einverstanden. |
Por Ricardo Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário