"There's a fear I keep so deep / Knew it name since before I could speak (...) If some night I don't come home / Please don't think I've left you alone"- Keep The Car Running, Arcade Fire

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Men of a certain age

Ontem estreou, na Warner, a segunda temporada de ‘Men of a certain age’, das melhores séries em atividade e que foi bem importante para o meu ano passado, em sua primeira jornada. A série conta basicamente as desventuras de três melhores amigos na faixa dos quase cinquenta: Joe, Terry e Owen, interpretados respectivamente por Ray Romano, Scott Bakula e Andre Braugher.

Para os que estão acostumados com as séries atuais extremamente frenéticas, com milhões de coisas ao mesmo tempo, ou com as metidas a engraçadinhas recheadas de um humor de gosto duvidoso, é provável que ‘Men of a certain age’ seja uma decepção. Simplesmente, porque estes ficarão com a sensação de que “não acontece nada”. E foi justamente por isso que me encantei, a proposta realista, um recorte da existência desses três caras que já foram, há muito, contaminados pelo mundo e procuram beleza e continuidade nos percalços da vida.

E mesmo estando pelo menos uns vinte anos atrás dos personagens, a série me proporcionou, desde seu começo, uma grande identificação. Passei parte da primeira temporada me encontrando e a meus amigos na personalidade dos três. E parte dessa identificação vem do fato de eu ser bastante nostálgico e a série lidar muito com a nostalgia, desde a abertura meio ‘Anos Incríveis’ ao som de Beach Boys, ao fato de, vez ou outra, um dos três amigos apanhar do passado ou ter que lidar com a constatação que o tempo tratou de encaminhar a vida de uma forma diferente do que se esperava.

O primeiro episódio da segunda temporada me aproximou ainda mais de um desses personagens, da forma de lidar com determinadas circunstâncias. Ontem cheguei em casa extenuado física e mentalmente, e foi um grande prazer e alívio poder me reconhecer e de repente entender um pouco do que sinto, ainda que através de personagens de ficção. 

O grande espelho que é o mundo ousaria refletir os seus sinais
 Por Ricardo Pereira

3 comentários:

  1. Pô, já fiquei maluco pra ver, cara!

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  2. Cara, acho que você vai gostar bastante tb!

    Abs

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  3. Pô Tinão...A primeira temporada eu assisti mas foi bem sofrido pra falar a verdade, tirando um momento ou outro de diversão ou drama, a série em si não me agradou muito. Mas vou dar mais uma chance, vou assistir os primeiros episódios da segunda temporada.
    abs
    K

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