"There's a fear I keep so deep / Knew it name since before I could speak (...) If some night I don't come home / Please don't think I've left you alone"- Keep The Car Running, Arcade Fire

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

In the arms of sleep


Não gosto de filmes de terror. A maioria me parece um exercício de estupidez, diálogos bobos, personagens rasos e banho de sangue. Mas há uma exceção: Freddy Krueger. Sabe-se lá porque este ficou, era meu anti-herói preferido da infância, lembro de assistir empolgado com meus irmãos, muitas vezes torcendo pelo vilão, devido a seu sarcasmo e seu carisma. É verdade que ríamos mais que nos assustávamos, apesar de lembrar ligeiramente de minha irmã não gostar da música que as menininhas cantavam -1,2 Freddy's coming for you... – rs

Ano passado eu e meu irmão assistimos aos dois primeiros da série e saímos meio decepcionados... São filmes divertidos e tudo, bem feitos pra época, mas nossa nostalgia tinha criado filmes melhores... Esse fim-de-semana naquela de ‘alugue três e leve um filme grátis’ acabei trazendo o remake do primeiro ‘A hora do pesadelo’, que foi lançado há pouco. E, talvez por ir sem grandes expectativas... gostei!

Não há nada demais. Estão lá os clichês todos dos maus filmes de terror, personagens sem graça, diálogos e situações inverossímeis, quase tudo que me afasta de cara do gênero. Mas conseguiu divertir e retomar um pouco do meu encantamento infantil pela série. É consenso que falta ao novo Freddy o humor tosco, irônico e sarcástico de antigamente, mas o personagem é tão forte no meu imaginário que funcionou! Além disso, o filme trabalha um pouco melhor o que mais gosto na premissa dos filmes da série: o medo de dormir para não ser morto. Algumas cenas, como o a da menina se queimando com o cinzeiro do carro para não dormir ou a excelente cena da farmácia com ‘All I have to do is dream’ dos Everly Brothers de fundo, funcionaram que é uma beleza.

As possibilidades de Krueger dentro dos sonhos das vítimas poderiam ter sido mais bem exploradas e se o filme fosse meu deixaria em aberto o passado do vilão, seria muito mais interessante se nos puséssemos a imaginar qual a real motivação por trás dos seus crimes. Mas não é a isso que o filme se propõe. E daí? O Ricardo de 13 anos aprovaria, é o que importa.

Por Ricardo Pereira


"ask me why, and I'll spit in your eye"

4 comentários:

  1. Cara, me lembro bem do dia - quer dizer, da noite - em que assisti a um episódio de "A hora do pesadelo" que era em 3D, no Cine Araribóia, em Angra. Ok, não era o 3D do "Avatar", por exemplo, mas era novidade. O filme não foi lá essas coisas, mas o sentimento de medo, ao sair da sessão, foi forte.

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  2. Eu lembro disso tambem!! Várias caveiras voando pelo cinema!! Aquele oculos toscao com uma lente azul e outra vermelha!! hahahahah
    Mas filme de terror que marcou foi Polteirgast (não sei se é assim que se escreve) e aquela tv que ficava fora do ar, ou aquele palhaço de pelucia!!

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  3. Realmente ainda não gosto da música das meninhas... Menos ainda na versão dublada... Mas como deve haver diversidade em toda família que se preze, adoro os diálogos bobos, personagens rasos e banho de sangue dos filmes de terror. Então vou correndo alugar o filme. rsrs

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  4. Também assisti ao 3D no Arariboia, achei o máximo da modernidade na época. E os óculos toscos toscos... rs

    Sofia, alugue mesmo, vale a pena, é diversão garantida!! Tava pensando que nossa referência de terror na infância foi, além do Freddy, o filme dos caras que sequestravam a turma de colégio, do cara com máscara de papai noel ('a fortaleza', acho...) e aqueles ep do spielberg (que tinha 'a balsa', lembra? rs)

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