Assistindo televisão, hoje, na hora do almoço, vi um senhor tocando cavaquinho, numa reportagem. A matéria falava sobre idosos abandonados nas ruas do Rio de Janeiro. O simpático velhinho do cavaco não fazia mais parte das estatísticas: havia conseguido um emprego de porteiro e, com a pequena aposentadoria que recebia, acabou conseguindo alugar um quartinho, num subúrbio da Cidade Maravilhosa.
A situação em si já era tocante. Mesmo assim, o que me emocionou foi o depoimento dele. Dedilhou algumas cordas do instrumento, centrado na canção que tocava, e disparou. "A música me faz esquecer das coisas ruins que, às vezes, a gente pensa. Fico feliz quando toco. Sem música eu não seria nada".
Aí eu me lembrei de um cara que morreu nesta semana, que era aqui da minha cidade - Angra dos Reis. Eu nem o conhecia. Na verdade, acho que nunca o vi. Os amigos dele o chamavam de "Paulão Rock'n'roll". Tocava gaita e, segundo um colega meu, era um dos jovens que, nos anos 80, levantava a bandeira do rock no município.
Esse mesmo colega - é você mesmo, Niltinho! - que cedeu algumas informações sobre Paulão, pelo Facebook, também postou umas palavras que, para muitas pessoas, não dizem muita coisa... Mas, para mim, fazem todo o sentido do mundo. " (...) Ele tinha uma oficina de motos no Morro do Peres que servia de ensaio para várias bandas... E de ponto de encontro, também. Sonhamos muito naquele lugar... E tivemos bons momentos".
Música é sobre sonho. Sobre conquistar a menina amada. Ser o maioral por 3 minutos e meio. Mudar alguma coisa ou, ao menos, mexer com as estruturas de um bairro, uma cidade ou uma pessoa. Sobre não envelhecer nunca. Sobre ingenuidade e beleza. Sobre quatro ou cinco garotos numa garagem apertada, abafada e suja, tocando instrumentos baratos em amplificadores de qualidade duvidosa... Todos eles sorrindo.
Quem toca música, curte música, mexe com música, é fã de música, enfim, respira música, é diferente. E eu não estou falando apenas de rock. Essa coisa que nos faz chorar, dançar, ficar puto, sorrir e amar, entre outras milhões de coisas, é sagrada. É Deus em forma de acordes, letras e harmonias.
Música, de qualquer tipo, é religião. É a mais poderosa e verdadeira de todas.
Para Paulão e todos os garotos e garotas que vão ser eternamente jovens, eu ofereço, humildemente, um dos nossos "hinos".
Show must go on.
Aí eu me lembrei de um cara que morreu nesta semana, que era aqui da minha cidade - Angra dos Reis. Eu nem o conhecia. Na verdade, acho que nunca o vi. Os amigos dele o chamavam de "Paulão Rock'n'roll". Tocava gaita e, segundo um colega meu, era um dos jovens que, nos anos 80, levantava a bandeira do rock no município.
Esse mesmo colega - é você mesmo, Niltinho! - que cedeu algumas informações sobre Paulão, pelo Facebook, também postou umas palavras que, para muitas pessoas, não dizem muita coisa... Mas, para mim, fazem todo o sentido do mundo. " (...) Ele tinha uma oficina de motos no Morro do Peres que servia de ensaio para várias bandas... E de ponto de encontro, também. Sonhamos muito naquele lugar... E tivemos bons momentos".
Música é sobre sonho. Sobre conquistar a menina amada. Ser o maioral por 3 minutos e meio. Mudar alguma coisa ou, ao menos, mexer com as estruturas de um bairro, uma cidade ou uma pessoa. Sobre não envelhecer nunca. Sobre ingenuidade e beleza. Sobre quatro ou cinco garotos numa garagem apertada, abafada e suja, tocando instrumentos baratos em amplificadores de qualidade duvidosa... Todos eles sorrindo.
Quem toca música, curte música, mexe com música, é fã de música, enfim, respira música, é diferente. E eu não estou falando apenas de rock. Essa coisa que nos faz chorar, dançar, ficar puto, sorrir e amar, entre outras milhões de coisas, é sagrada. É Deus em forma de acordes, letras e harmonias.
Música, de qualquer tipo, é religião. É a mais poderosa e verdadeira de todas.
Para Paulão e todos os garotos e garotas que vão ser eternamente jovens, eu ofereço, humildemente, um dos nossos "hinos".
Show must go on.
Por Hugo Oliveira
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