Eu e Luisa sempre tivemos uma
forte ligação. Durante a adolescência, compartilhamos risos, frustrações e
grandes histórias, transformando-a de prima à irmã. Cecel, um amigo formado
principalmente através de afinidades musicais. Posso lembrar perfeitamente de nós
dois bem novos – e com cabelo ainda – discutindo a diferença entre tristeza e
melancolia a partir das canções do Belchior.
Estive ligado – e posso afirmar
que me sinto até responsável, de certa forma – até quando eles se ‘encontraram', o começo da história de amor dos
dois. Ainda assim, quando soube que eles viriam morar no meu prédio, janela a
janela com meu apartamento, por mais que gostasse da ideia, temia lá no fundo
que isso poderia invadir minha intimidade. Não poderia estar mais enganado.
Nos dois anos que moramos “juntos”,
nosso contato se estreitou da melhor forma possível. São incontáveis os bons
momentos: os bolos da Loo; tristezas e alegrias compartilhadas; segredos de uma
janela para outra; desabafos importantes; canelinhas compartilhadas no bar do
Ivan; Revela e sons de faxina vazando de um apartamento para o outro; gritos de
gol do Botafogo fazendo Cecel rir um andar acima; sessões de terapias nas
noites de quarta-feira com futebol “no mudo” e som da melhor qualidade –
inclusive, em encontros desses que fui apresentado a Renato Teixeira, que
apresentei Wilco e Changing Horses,
que me encantei com Rita Coolidge, que vi Cecel descobrindo o Bob Dylan
letrista via Blood on the tracks, que
compartilhamos o encantamento com o country rock de Gram Parsons; brincadeiras
com o gato preto; eu chegando de manhã na casa deles para contar minhas ‘aventuras’
da noite anterior; Loo me fazendo ter um carnaval divertido em Angra!!; quando
acabei de assistir ao último episódio de Lost, ainda sob o impacto do fim, a
primeira coisa que fiz foi correr ao apartamento deles!
E esse texto é basicamente para
dizer a falta que me fazem aqui, o quanto sinto saudades de tão grande
proximidade. Sempre que escuto algum dos discos citados (ou Crosby, Stills,
Nash, Neil Young, Piazolla, dentre muitos outros) dá vontade de chamar na
janela. Posso dizer, sem dúvidas, que nossa convivência foi extremamente
prazerosa e criou laços ainda mais fortes. E justamente agora que dois vão
virar três, eles se mudaram... Deveria haver uma cláusula no contrato obrigando
a permanência aqui até que o menino fizesse um ano no mínimo!
P.S.: Este texto foi escrito ao
som de Ladies of the Canyon, da Joni
Mitchell – um dos melhores presentes que já ganhei.
Por Ricardo Pereira
Que lindo!!!
ResponderExcluirAdoro todos vocês!
saudades!!!
beijos
Obrigado, Grazi!
ResponderExcluirSaudades tb, tem que aparecer por aqui!
Beijo
Que maneiro! Pude ver 'in loco' essa cumplicidade uma ou duas vezes. Bonita demais a amizade de vocês! Lembranças aos quatro! abs, Fabricio
ResponderExcluirValeu, Fábricio!
ExcluirAbs
Riiiico!!!
ResponderExcluirNossa amei o texto, fiquei muito emocionada e feliz!!!
Os momentos que vivemos são únicos, sempre serão!!
Me deu uma baita saudade da nossa janela e te gritar: Ricooooo! para compartilhar nossas histórias malucas.
Amo você!!!
Que bom que gostou, Loo!! Saudades mesmo de vocês!!
ExcluirMuito bonito o texto!! esse papo de janela vai deixar saudade tb pros visitantes como eu, que ia na casa da Lu te procurando por trás da tua cortina, ou que dava um pulinho pra pedir p me destrancarem desse portão inconveniente... ou trocava obejtos voadores com a luisa da tua casa em dias de pizza, rs
ResponderExcluirVc deveria se mudar agora pra varanda da frente, o menino nasce em setembro! rs
Beijo, saudades!!
Hehe, valeu Mari! Eles que não tinham que ter saído agora rs
ExcluirBjs!
Excelente texto...
ResponderExcluirMas se ele se mudar pra varanda da frente ele vai morar na casa do Mit?? hauhauahuah
Henrique Dias
hahahahaha
ExcluirVou falar com a tia Conceição hoje mesmo, então! rsrs