Eu até tento. Troco o canal, pego uma revista ou qualquer outra coisa para ler, vasculho meus CD's em busca de algo que não escuto há muito tempo... Mesmo assim, não resisto: quando ligo a TV e dou de cara com Tom Hanks no papel do "idiota" Forrest Gump, já era. Sei que vou ter que rever até o final.
Assisti ao filme pela primeira vez no saudoso Cine Araribóia, em Angra dos Reis - acho que foi em 1994. Eu tinha 16 anos. Não sabia nada da vida... Aliás, isso não mudou muito (risos sem graça).
Tenho mesmo que falar um pouco sobre o enredo do filme? Você vai ousar dizer que não assistiu? Ok, vou tentar: sabe a história dos Estados Unidos a partir dos anos 50? Então: seguindo a trajetória de um garoto, err, "lentinho", vamos passando pelos principais fatos que marcaram aquele país. Do nascimento de Elvis à Guerra do Vietnã; do assassinato de Martin Luther King à criação da Apple. Está tudo lá, de uma forma compacta e pop.
No fundo, no fundo, todo mundo é meio lentinho. Todos têm medo do futuro. Quem não tem/teve um amor de verdade, que atire a primeira pedra - não no Forrest, por favor. Nossa vida é assim: num minuto somos heróis, gênios e/ou populares; no outro, somos apenas paspalhões, babacas, sofredores e pessimistas. A vida é uma caixa de chocolates... Você nunca sabe o que vai encontrar dentro dela. Na verdade, até sabe. Só desconhece o momento em que determinado "bombom" será aberto. E aí, é aquilo: numa hora, "Serenata de Amor"; na outra, "Bombom do Fofão".
Neste momento estou de dieta. Não como nada, não sinto nada. Estou naquela fase do filme em que Forrest só tem vontade de correr. Sem parar. Sem destino. Em alguns momentos, como quando a noite está estrelada ou quando a lua está cheia, é lindo; em outros, do tipo "chuva forte no meio do caminho", é ruim.
Quando, no final do filme, Jenny - a linda e problemática amada de Forrest -, à beira da morte, conversa com ele a respeito dos lugares e situações que o próprio visitou/vicenciou, e em seguida, afirma que gostaria de ter estado lá com ele, recebe a seguinte declaração do rapaz. "Você estava".
Muitas pessoas sempre estarão ao nosso lado, para o resto de nossas vidas. Outras sairão da mesma forma que entraram. É assim. E é simples. Difícil mesmo é chegar num ponto em que todas as reviravoltas da vida sejam recebidas de uma forma leve, como uma pena.
Como a pena que inicia e também termina "Forrest Gump - o contador de histórias".
Por Hugo Oliveira
No fundo, no fundo, todo mundo é meio lentinho. Todos têm medo do futuro. Quem não tem/teve um amor de verdade, que atire a primeira pedra - não no Forrest, por favor. Nossa vida é assim: num minuto somos heróis, gênios e/ou populares; no outro, somos apenas paspalhões, babacas, sofredores e pessimistas. A vida é uma caixa de chocolates... Você nunca sabe o que vai encontrar dentro dela. Na verdade, até sabe. Só desconhece o momento em que determinado "bombom" será aberto. E aí, é aquilo: numa hora, "Serenata de Amor"; na outra, "Bombom do Fofão".
Neste momento estou de dieta. Não como nada, não sinto nada. Estou naquela fase do filme em que Forrest só tem vontade de correr. Sem parar. Sem destino. Em alguns momentos, como quando a noite está estrelada ou quando a lua está cheia, é lindo; em outros, do tipo "chuva forte no meio do caminho", é ruim.
Quando, no final do filme, Jenny - a linda e problemática amada de Forrest -, à beira da morte, conversa com ele a respeito dos lugares e situações que o próprio visitou/vicenciou, e em seguida, afirma que gostaria de ter estado lá com ele, recebe a seguinte declaração do rapaz. "Você estava".
Muitas pessoas sempre estarão ao nosso lado, para o resto de nossas vidas. Outras sairão da mesma forma que entraram. É assim. E é simples. Difícil mesmo é chegar num ponto em que todas as reviravoltas da vida sejam recebidas de uma forma leve, como uma pena.
Como a pena que inicia e também termina "Forrest Gump - o contador de histórias".
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