Clipe da música de que mais gosto de um dos discos do ano até agora.
Por Ricardo Pereira
"There's a fear I keep so deep / Knew it name since before I could speak (...) If some night I don't come home / Please don't think I've left you alone"- Keep The Car Running, Arcade Fire
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Faz a pessoa amada dançar em três minutos - The Rapture
Já que eu ando, digamos, bloqueado para escrever, seguem três canções da banda The Rapture, em três momentos distintos - 1º, 2º e 3 disco, respectivamente.
Eu acho que era a Xuxa que falava: chegue o sofá para o canto e libere a energia!
Só posso concordar.
"House of the jealous lovers" - The Rapture
"The devil" - The Rapture
"How deep is your love" - The Rapture
Por Hugo Oliveira
Eu acho que era a Xuxa que falava: chegue o sofá para o canto e libere a energia!
Só posso concordar.
"House of the jealous lovers" - The Rapture
"The devil" - The Rapture
"How deep is your love" - The Rapture
Por Hugo Oliveira
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Quanto Mais - ou Samba pra Eugênia
Hoje é aniversário da minha madrinha, Eugênia. Penso que a maioria das pessoas tem dificuldade de demonstrar sentimentos, e me incluo neste grupo. Muito por timidez, acho que por ser um pouco fechado, reservado, características lusitanas herdadas de meu avô paterno. No entanto, vejo de forma cada vez mais forte o quanto é vital que as pessoas queridas saibam como são importantes.
Tenho relação muito forte com minha tia desde que nasci. Posso quase me ver pequeninho em sua casa, ouvindo com atenção discos do Chico, Vinicius, Alceu Valença e outros. A proximidade era tão grande que morri de ciúmes quando nasceu Luisa, sua primeira filha. "Como assim teria que dividir as atenções agora??
O tempo foi passando e além das canções – e de maior compreensão delas da minha parte – a literatura foi outra paixão compartilhada. São incontáveis os livros que nos recomendamos, emprestamos, presenteamos, discutimos, e até nossa escolha profissional é a mesma: ambos nos formamos em Letras e somos professores.
O tempo foi passando e além das canções – e de maior compreensão delas da minha parte – a literatura foi outra paixão compartilhada. São incontáveis os livros que nos recomendamos, emprestamos, presenteamos, discutimos, e até nossa escolha profissional é a mesma: ambos nos formamos em Letras e somos professores.
E este é um capítulo à parte, não sei como faria sem seu apoio em momentos complicados, como na adolescência em crise pré-faculdade. Sempre tive certo medo do sucesso, e lembro até hoje de uma conversa no quarto da Loo, em que além de me acalmar em minha eterna procura de sentido e sensação de estar perdido na vida, com sua serenidade e experiência praticamente antecipou o que de melhor eu viveria nos próximos anos.
É uma excelente e fundamental “psicóloga” em meus momentos de melancolia, términos de relacionamento e outros espinhos inerentes a viver e questionar a vida. Quantas conversas na cozinha de sua casa em que eu chego carregando mais peso do que poderia suportar na cabeça, e saio mais leve ou ao menos mais confortado. Além disso, trouxe para mim duas irmãzinhas tão importantes, Luisa e Mariana, com quem compartilho tantos momentos marcantes nos últimos – e próximos – anos.
Só posso expressar minha gratidão e reafirmar nestas palavras o quanto minha madrinha é importante para mim, já que não conseguiria falando. Desejo a ela toda a felicidade nos momentos em que a vida assim permitir, e força e serenidade para lidar com as dúvidas e momentos difíceis, no entanto importantes, de uma forma ou de outra.
E deixo para finalizar a ‘Fantasia’, de Chico Buarque, que não me saiu da mente enquanto escrevia e serve agora como canção de aniversário:
“E se, de repente
A gente não sentisse
A dor que a gente finge
E sente
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão
Canta, canta uma esperança
Canta, canta uma alegria
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia
Canta a canção do homem
Canta a canção da vida
Canta mais”
"Dura a vida alguns instantes / Porém mais do que bastantes / Quando cada instante é sempre" |
Por Ricardo Pereira
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Canções de Apartamento - Cícero
Eu tentei não gostar do disco do Cícero. Ouvi, pela primeira vez de má vontade, os comentários que li, embora me deixassem a curiosidade de conhecer, me passaram de leve a impressão de mais um neo-hippie dessa “nova MPB”. Preconceito motivado pela vergonha alheia da Banda mais - escolha o adjetivo - da cidade. De cara achei os títulos das músicas pretensiosos e, por tudo isso, ouvi com pouca atenção, enquanto fazia outras coisas. Mal sabia o quanto estava enganado.
Mas algo me chamou a atenção ali, tanto que, no dia seguinte, fui pro trabalho ouvindo, e o disco cresceu bastante na segunda audição, com a atenção e proximidade proporcionadas pelos fones de ouvido. Na terceira, já estava encantado. E de lá pra cá foram várias audições, que, cada vez mais, me fazem ter a certeza de que Canções de Apartamento é um dos discos mais bonitos lançados em 2011.
Como o título do álbum anuncia, é um disco fechadinho, intimista, como fosse uma versão musical do Viagem ao redor do meu quarto localizada no século XXI. Cícero canta, adornado por melodias delicadas, mas não sem certa dose de tensão, o amor nos dias de hoje, as belezas e angústias de viver num mundo complicado, povoado de pessoas cada vez mais individualistas e solitárias.
Musicalmente, é um disco de MPB, com bonitos violões e a presença marcante do acordeon de Bruno Schulz. Mas percebemos claramente ecos do Radiohead nas belas guitarras que permeiam todo o disco, como na segunda metade de ‘Vagalumes Cegos’, ou no coro de ‘João e o Pé de Feijão’. É um disco cheio de referências - nas letras são citados Caetano, Braguinha, Tom - e interessantes relações intertextuais, como a linha vocal de ‘João e o Pé de Feijão’, evocando ‘You don’t know me’, e o diálogo com a Dindi, de Tom Jobim, em ‘Pelo Interfone’.
Esta última, uma de minhas preferidas do álbum, em que o eu - lírico aconselha: “Ah, Dindi / Se tu soubesses como machuca / não amaria mais ninguém”. Mas minha letra preferida é a de ‘Açucar ou adoçante’, que mostra um encontro de ex amores depois de todo o vazio da perda e de uma reconstrução. Compartilham o café, relembram momentos marcantes, mas, juntos de novo? Bom... Veja o refrão: “Mas se você quiser alguém pra amar / Ainda (...) Desculpa não vai dar / Não vou estar / Te indico alguém”.
Além disso tudo, é bom, nesses tempos em que a maioria dos artistas prefere lançar discos com alguns singles e músicas medianas para completar espaço, poder encontrar um álbum que funciona melhor quando ouvido na íntegra, deixando que as canções partam do apartamento de Cícero para transformarem-se em trilha sonora do seu.
Baixe Canções de Apartamento aqui, você pode até tentar não gostar, mas o provável é que se repita o que aconteceu comigo...
Por Ricardo Pereira
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Bloco do eu sozinho - 10 anos
Este ano o segundo álbum do Los Hermanos, Bloco do Eu Sozinho, completa dez anos de seu lançamento. Conheci a banda através do Hugo, meu companheiro de blog. Lembro bem, ele me ligou e falou para eu passar no trabalho dele, pois precisava me mostrar uma música. Era ‘Anna Júlia’, em um cd que veio encartado na revista Bizz. Na hora percebi ali uma canção pop perfeita, tudo no lugar certo. Assim que saiu, adquiri o disco de estreia dos Hermanos e ouvi por bastante tempo, até hoje acho um disco divertido. Mas de forma alguma estava preparado para o que vinha em seguida.
Assisti ao pequeno show do Los Hermanos no Rock in Rio, em 2001, e gostei bastante do que vi: um show pesado, rápido, urgente. No entanto, talvez pela massificação de ‘Anna Júlia’/’Primavera’, não tinha boas expectativas para o segundo disco da banda. Tanto que, assim que saiu, não tive a pressa costumeira em conhecê-lo. Mas quando uma vizinha de extremo mau gosto comentou que havia comprado e tinha odiado, pois “não tinha nenhuma ‘Anna Júlia’, era um som confuso, diferente”, comecei a me interessar. E um dia que precisei ficar uma tarde na loja do meu pai, peguei o disco para ver se compraria de uma loja de discos que tem ao lado e que tenho certas ‘facilidades’ (uma benção!). Lembro de cada sensação ao ouvir aquelas canções pela primeira vez.
De primeira, o single de lançamento, com o sintomático título ‘Todo carnaval tem seu fim’, já deixou boa impressão, havia peso ali, mas diferente do primeiro disco, e a letra era melhor do que qualquer uma do anterior. O disco seguiu com ‘A Flor’, rock vigoroso, dueto de Camelo e Amarante e outra letra muito boa. Os sinais de evolução já eram evidentes, mas a partir da terceira música o bloco começava a evoluir: ‘Retrato pra Iaiá’ já era bem diferente do que faziam até então, uma guitarrinha ‘frouxa’ (no bom sentido) em um quase-reggae envolvente e um grande refrão. Daí começou o encantamento, que só fez aumentar com ‘Assim Será’, samba torto com letra impregnada de melancolia romântica, e a beleza weezeriana de ‘Casa Pré-Fabricada’. O disco nem chegara à metade e o jogo já estava ganho de goleada. ‘cadê teu suin-?’ veio na cola, com letra formada com jogos fonéticos contendo críticas à indústria fonográfica, e a 7, ‘Sentimental’, é uma das baladas mais bonitas do rock nacional, na primeira audição só pensava em ‘Thru the Eyes of Ruby’, uma das minhas preferidas dos Smashing Pumpkins.
A segunda metade inicia com um skazinho acelerado, ‘Cher Antoine’, com letra em francês e português e mantém o ritmo com outro ska, ‘Deixe Estar’, um dos melhores momentos dos metais no álbum. A décima canção do álbum me ganhou pela simplicidade, uma espécie de valsa circense com banjo, flauta, clarinete e tuba, e letra simplória mas combinando com o clima da música. ‘Fingi na hora rir’ retoma o peso do disco com suas microfonias, andamentos diferentes e dose extra de tristeza. Fiquei encantado com a letra da delicada ‘Veja bem meu bem,’. Meu pensamento então foi que uma banda de rock, da minha geração, estava lançando um disco com uma letra que poderia ser do Paulinho da Viola. E pra mostrar a um ouvinte desavisado que a banda era a mesma do primeiro disco, a penúltima, ‘Tão Sozinho’ é um hardcore pesado, sujo e tosco se comparado às demais. E a escolhida para fechar o álbum é a lindíssima ‘Adeus você’, com linda orquestração no fim e últimos versos que funcionam como carta de intenções do bloco: “É bom, às vezes, se perder sem ter porque, sem ter razão. É um dom saber envaidecer, por si, saber mudar de tom. Quero não saber de cor, também. Para que minha vida siga adiante...”
É um dos discos de música brasileira mais importantes das últimas duas décadas e influenciou grande parte do melhor produzido por aqui nos últimos anos. Entre parte dos meus amigos teve o efeito parecido que deve ter tido o lançamento do ‘Dois’, da Legião Urbana para os jovens de 86. Lembro dos comentários entusiasmados assim que encontrei o Hugo após conhecermos o disco; o show de lançamento com o Rodrigo em um Canecão pela metade, mas cantando todas as músicas, prenunciando a era Ventura; os diversos shows compartilhados com Pedro Henrique, Luisa, Marcella... E a confirmação da relevância dessas canções quando, dez anos depois, em uma jukebox de um bar qualquer, os mesmos amigos cantam emocionados como se estivessem novamente em 2001.
- Feito pra mim, bom pra você. Deixa mudar e confundir! |
Por Ricardo Pereira
sábado, 6 de agosto de 2011
As nossas melhores lembranças
A saudade é um sentimento retratado de diversas formas artisticamente. Em letras de música, por exemplo, gosto muito de ‘Costumes’, do Roberto Carlos, em que são detalhados momentos cotidianos da vida de um ex-casal e do quanto eles fazem falta depois do fim: “de repente ser livre até me assusta / me aceitar sem você, certas vezes me custa / como posso esquecer dos costumes, se nem mesmo esqueci de você.” Minha canção preferida sobre saudade talvez seja ‘Pedaço de Mim’, do Chico. Em um dilacerante dueto com Zizi Possi, Chico define a saudade comparando-a “a uma fisgada no membro que já perdi”, à dor causada por “um barco que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais” ou “a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu”. Há também a bela tradução deste sentimento em um verso de ‘Vento no Litoral’, da Legião Urbana: “Aonde está você agora além de aqui dentro de mim?”.
Quando em decorrência da morte, a saudade machuca pela certeza de não mais poder estar com a pessoa querida, ao menos neste mundo. Ontem, conversando com um amigo que perdeu a mãe há pouco tempo, ouvi dele o quanto sente a falta dela com alguma frequência. Minha mãe, que perdeu o pai há mais de quarenta anos, costuma dizer o quanto, mesmo depois de tanto tempo, pega-se pensando nele e imaginando o quanto ele curtiria momentos que hoje ela vive. Há uns dois anos, pessoas queridas de irmãos meus se foram e pude conviver de perto com a dor deles por uma ausência irremediável.
Outro tipo de saudade angustiante é a que sentimos por pessoas que já se foram de nossas vidas, mas vez por outra as encontramos e sentimos ainda mais a falta delas, pela ausência do que já foram. É difícil lidar com as mudanças, sejam positivas ou negativas, busca-se sempre o passado. Às vezes sentimos saudades enormes de um ex-amor e quando conseguimos estar com ele, saímos desapontados, pois não encontramos a pessoa amada, esta não mais existe, apenas nas lembranças e na nostalgia. E muitas vezes a falta que sentimos não é só dela, mas do que éramos num passado agora idealizado. Sobre este tipo de saudade, há um poema de Mário Quintana de que gosto muito:
“É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.”
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.”
Tive um longo relacionamento em que a saudade era parte fundamental, pois morávamos em cidades diferentes. E quando não estávamos mais juntos, cheguei a sentir saudades de sentir saudades. Com outra namorada, tive um momento de sentir saudade antecipada, um sentimento decorrente de um futuro que sabíamos, mas escondíamos para viver o presente, não permitir os dois juntos por muito tempo. Era um final de domingo de um fim-de-semana perfeito, em uma época do auge da paixão. Estávamos deitados abraçados e de repente ela começou a chorar. Ao tentar entender, entre soluços e frases entrecortadas, pude perceber a angústia de saber que, por algumas diferenças nossas no modo de levar a vida, o que de tão bonito vivíamos fatalmente não chegaria muito longe. Ali, ela sentia saudade antecipada do que vivíamos então. Vislumbrou, no momento presente, a falta que um dia sentiríamos daqueles dias, um sopro de realidade em um mundo de encantamento.
E para terminar este texto sobre um sentimento tão dolorido e angustiante, deixo meu poema preferido sobre a saudade, de Pablo Neruda:
“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.”
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.”
Por Ricardo Pereira
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Canções contra a falta de inspiração
... Porque se você não consegue escrever, o melhor é ouvir, cantar e sonhar - não necessariamente nessa ordem.
"The Cave" - Mumford & Sons
"Sunflower" - Paul Weller
"Heart of the city" & "They call it rock" - Nick Lowe
Por Hugo Oliveira
"The Cave" - Mumford & Sons
"Sunflower" - Paul Weller
"Heart of the city" & "They call it rock" - Nick Lowe
Por Hugo Oliveira
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Tempo de Pipa
Beleza de clipe da canção 'Tempo de pipa', do Cícero, que lançou um dos discos mais bonitos que ouvi esse ano. O texto sobre ele não demora...
Por Ricardo Pereira
Por Ricardo Pereira
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